Contos e Pontos

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domingo, 31 de julho de 2011





















Todos saíram da casa vazia
Tristes lembranças daquele dia
Pra dentro da casa voltei
E no banheiro chorei
Segui numa triste despedida
De toda uma vida
Olhei cada canto
Lembrei cada encanto
Chorei outro tanto
Não sei quanto tempo
Nesse desalento fiquei
Só sei que a infância
Por ali deixei...


Homenagem ao amigo  Del Santos!

sábado, 30 de julho de 2011

            
       Não tenho coleção de sapatos, não tenho um guarda roupa importado, tenho um vira lata na coleira e na garagem tenho um fusca estacionado!  Vivo do meu salário, que sempre acaba antes do mês, pago a água, pago a luz, do fiado sou freguês.
        Eu não sou celebridade, não ponho a cara na TV. Não me atrevo, na verdade, nem no tal do BBB. No trabalho sou mais um, bato o ponto todo dia, entro cedo, saio tarde, não possuo mordomia. De casa levo marmita, que eu como requentada, muitas vezes como fria, mas pelo menos não fico com a minha barriga vazia.
          No carnaval eu não ando me sacudindo por aí, passo longe da folia, longe da Sapucaí.  O que me sacode é o vento, que entra pela minha janela, empoeirando meu sapatinho, que nem é de cristal feito o da Cinderela.  Fico aqui no meu canto, ascendo uma vela pro Santo, quem sabe ele me enxergue e me cubra com seu manto.
          No mais vou vivendo assim, neste mundo que é meu. E quem quiser gostar de mim vai ter que se acostumar. Na minha mesa tem arroz, tem feijão pra acompanhar, de mistura ovo frito e farinha pra completar. Caso o luxo seja pouco, a porta da frente está a serviço, o portão está destrancado e acabe logo com isso. Vá embora, vá com pressa que a comida está esfriando e eu tenho compromisso!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

                       
                     Sou uma seta,
                    Indico tua meta.
Mostro teu rumo, sempre direta.
No meio do caminho, nada me afeta,
Sigo em frente, intransigente, concreta!
No meio do caminho, nada me afeta,
Mostro teu rumo, sempre direta.
                    Indico tua meta,
               Sou uma seta.


Três estrelas que brilham no meu céu
Ensinando-me o verdadeiro amor
Cada qual com o seu próprio mel
Atenuando-me o peso do andor!

A Dudinha chegou primeiro...
Minha Polaca, minha foguetinha!
Aquele tiro me encontrou certeiro,
Fez de mim a mais encantada mãezinha!

Por Maria Eduarda ela foi nomeada.
É amante incondicional da natureza!
No seu jardim tem mãos de fada,
É dona de uma exótica beleza!

O Dedé, meu segundo bebezinho,
Chegou pra arrombar meu coração!
Meu menino, meu pequeno reizinho...
Que só fez aumentar minha paixão!

Sistemático é o meu belo André Luis,
Que mantém sempre tudo no lugar!
Chama muita atenção com a sua luz,
E ai de quem as suas coisas pegar!

A Juju veio assim meio de repente...
É a pérola do meu precioso tesouro!
Chegou e arrasou, simplesmente...
Fechou a família com chave de ouro!

Ana Júlia, minha loira, linda e lisa...
Vaidosa, o seu brilho se expande!
Linda feito pintura, minha Monalisa...
Serelepe, não há quem não se encante!

E assim eu apresento minha riqueza...
Cada qual com seu brilho, com seu quê!
E das dúvidas a minha única certeza,
É que eles são a razão do meu viver!

      

           A realização de um sonho é algo que todos deveriam saborear. Acho que o sabor está entre o doce e o salgado. Sentimento agridoce que mistura lágrimas com sorriso, euforia com sensação de tarefa feita, de dever cumprido! Espero fazer por merecer as oportunidades que a vida tem me oferecido e agradeço a todos que acreditaram em mim!

quarta-feira, 27 de julho de 2011





Vendem-se vidas
Como mercadoria
Nas prateleiras
Em parcelas, com descontos
Desses tolos, desses tontos...
Vendem-se vidas
Vidas vazias de alento
Vazias de fé, cheias de desilusão.
Vidas bandidas, sem amor nem paixão...
Vendem-se vidas 
Em caixas de papelão
Sem etiquetas, sem identificação!
Vidas comuns e desinteressadas
Vidas sem rumo 
Vidas não endereçadas.
Vendem-se vidas...
Vendem-se vidas...
Vendem-se, vidas vendidas!
Vidas perdidas...

segunda-feira, 25 de julho de 2011




           Foi escrevendo que eu perdi o meu medo da chuva, que aprendi o segredo da vida... foi justamente no meio de um poema que eu percebi que as ovelhas negras das famílias não passam de poetas mal compreendidos. No meu mundo interior as ervas não são venenosas e as cobras cascavéis são minhas amigas.
          Aqui na minha querida escrivaninha danço ao ritmo da chuva, aprecio o ritmo dos pingos que caem no chão, sem me preocupar com o tempo... No meu versejar, seja na rua, na chuva ou na fazenda, sempre tenho alguém que gostaria de estar junto, tenho as mãos sempre levantadas para o céu! 
          As letras me ensinaram que esse negócio de que o tempo não pára é pura balela e que as emoções que vivo por aqui são tão reais que me fazem assumir o codnome beija-flor, que me levam a um vôo tão sutil, só experimentado mesmo pelos colibris. Meus pensamentos sempre me acompanham nessa grande chalana que é a vida, onde navego intensamente e desbravo os limites do ilimitado.
          Sei que em mim, não preciso de muito pro meu dia nascer feliz, só preciso dos meus amores, de uma caneta e de um pedaço de papel machê, e isso tenho de sobra. Li o poema que estava escrito nas estrelas e vi que perfídia é algo que por aqui não há, meu exagerado mundo interior está livre das incertezas e inverdades. Quando escrevo tenho a impressão de que eu nasci há dez mil anos atrás, mas ao mesmo tempo de que sou um bebê a engatinhar! Neste meu constante poetar descobri que quem gosta de maçãs, gosta de todas, pois todas são iguais, assim como as letras que me completam. Todas iguais, todas juntas pela perpetuação da poesia!
          E toda vez que contemplo um belo amanhecer, vejo que Deus me proporcionou o melhor de Si, brindou-me com seu cálice e que derramou ao seu bel prazer, no céu de minha existência, sua magnífica aquarela!



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