Contos e Pontos

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sábado, 27 de agosto de 2011


          Hoje eu estava escolhendo o feijão para cozinhar e retirei uma quantidade absurda de pedras. Impressionante, acho que 40% do peso líquido era pedra! Quase que eu guardei, pois afinal, paguei por elas! Isso fora os grãos de milho, de soja e sei lá mais o que eu tirei na hora da escolha!
          E olha que na embalagem estava escrito feijão tipo 1. Imagina se fosse de segunda, tudo que não teria seria feijão! Outra coisa que me deixa descontente como consumidora é o café. Tão bom um café bem feitinho, da hora, quentinho. Só o cheiro já inunda meus sentidos! Mas aí, você faz o seu café, com todo o capricho do mundo, mas fica uma verdadeira porcaria! E por quê? Porque misturaram cevada, milho e soja na hora de moer. Mas te venderam como o melhor café do mundo!
          E isso tudo porque os melhores grãos, os que não são comidos pelo jacu (aquele passarinho que se alimenta dos melhores e selecionados grãos de café), são separados para exportação. Eles mandam para os gringos tudo o que há de bom produzido por aqui. E nós sempre ficamos com o joio, com as sobras, com o que está caído no chão.
          Conheci um inglês que era fã do café brasileiro. Veio pra cá e a primeira coisa que fez, foi pedir um café, ali mesmo no aeroporto. E qual não foi a sua decepção! Tomar um café tão ruim, no país que é o maior produtor de café do mundo! Segundo ele, lá o quilo do café brasileiro está em torno de oito dólares, enquanto que aqui, o mesmo café, o gourmet tipo exportação, não pode ser comprado por menos de cem reais o mesmo quilo! Onde está alógica disso? Eu sinceramente não entendo!
          Inclusive, eu pedi que ele me trouxesse de lá o café que é produzido aqui e que eu tanto ouço falar, mas que as minhas economias não me permitem fazer uso. E assim ele fez. E vocês não fazem ideia do que é esse café! É o verdadeiro manjar dos deuses! Pena que já está acabando! E depois, terei de me conformar com o refugo e tomar minha sopinha de pedra mesmo!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

         Estava lendo algumas notícias e descobri que o povo anda morrendo de frio por aqui também! Um senhor foi encontrado morto num bairro de periferia daqui de Campo Grande. Por aqui o pessoal não está mesmo acostumado com tanto frio, já que, sexta-feira passada, contávamos com uma temperatura de 28º e no sábado amanhecemos congelando. Pelo visto no sul a coisa está pior, já noticiou-se três mortes por hipotermia no paraná. Diz-se que há onze anos não tínhamos um inverno tão rigoroso como este.
          Porém o que quero explanar com essas notícias é o seguinte. O Brasileiro está tentando bater recorde de pessoas pintadas de azul nas ruas, recorde de pessoas dentro de um carro pequeno, maior parada Gay do mundo, recorde de tatuagens, piercings e etc, mas pelo visto, o recorde que o brasileiro baterá é o de pessoas morrendo de frio nas ruas do país! Enquanto tem gente querendo aparecer, tem outras desaparecendo, literalmente!
          Vamos fazer a parada contra o frio? Vamos fazer a parada contra a fome? Ao invés de Parada das Vadias, por que não movimentam-se para aquecer os desabrigados? Quanto dinheiro gasto em paradas, que na verdade não passam de um mega-evento, de uma mega-balada! A maioria das pessoas que vão nessas paradas, não estão nem um pouco interessadas na bandeira levantada, e sim em aparecer. Vamos aparecer com algo construtivo então? Vamos organizar a Parada do Aquecimento? E olha que esse aquecimento nem será tão global quanto o outro tão discutido ultimamente! Porque morrer de frio sim é discriminação, morrer de frio é bullying, morrer de frio é grave, é triste.
          Vamos pegar todas as "bandeiras" levantadas e transformá-las em cobertores e agasalhos? Vamos aquecer!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011



       Fernanda acordou cedo para ir a escola e fez todos os rituais costumeiros. Tomou seu banho, escovou os dentes, vestiu o uniforme, pegou a mochila e desceu as escadas para tomar o café da manhã. Ao passar pela sala, sentiu vontade de deitar-se no sofá novo, tão macio e com cheiro de coisa recém comprada. 
         O cheiro do café da manhã preparado pela mãe estava divinamente delicioso, mas a vontade de deitar no sofá e fechar os olhos foi muito maior. E assim ela fez. E ao fechar os olhos, sentiu como se o mundo estivesse ficado distante e começou um passeio estranho por um jardim florido e perfumado. As flores possuíam uma beleza tão sutil e rara, que Fernanda começou a duvidar de que outro ser humano já tivesse caminhado por aquele jardim.
          E naquela caminhada contemplativa, ela começou a ouvir vozes familiares às suas lembranças e avistou de longe uma roda de pessoas que lhe pareceram muito felizes e amistosas umas com as outras. E ao se aproximar, a surpresa e a emoção que tomaram conta dela foi algo inenarrável! Os quatro avós já falecidos, seu tio e a prima querida estavam ali, bem na sua frente! As lágrimas foram inevitáveis, os abraços emocionados e a sensação de saudade diminuída por todas as partes.
         Mas depois dos beijos e abraços, Fernanda questionou aquele encontro e uma das avós, a materna, disse-lhe: - esta reunião é para te dar as boas vindas ao novo lar, para recebê-la nesta nova vida!  Fernanda, apavorada com a possibilidade, fechou os olhos e gritou, chamando a mãe. De repente ela acordou com os próprios gritos e se viu deitada no sofá que tanto a havia chamado. Aliviada e ao mesmo tempo preocupada com o horário da prova que teria que fazer aquela manhã, Fernanda correu até a cozinha para procurar a mãe. A mesa estava posta, mas a mãe não estava por ali. Ela chamou e nada da mãe responder.
        Depois de chamar duas vezes, ela resolveu subir as escadas para procurá-la, mas no meio do caminho escutou soluços desesperados e um burburinho de pessoas conversando. Os barulhos vinham de seu quarto e ela, assustada, correu para lá para saber se tinha acontecido algo com a mãe. Ao entrar, ela a avistou abraçada ao pai, aos prantos, e umas quatro pessoas vestidas de branco, tentando socorrer alguém. Preguntou o que estava acontecendo, mas todos estavam tão distraídos com a situação, que nem deram ouvidos a ela.
       Aproximou-se do grupo de socorristas e quase desmaiou quando se viu ali, deitada no chão, com a mochila do lado, tão branca qual a um fantasma. Mas antes que Fernanda caísse, mãos fortes a seguraram e uma luz muito bonita tomou conta do lugar. Fernanda olhou para trás e viu o seu tio e todas as outras pessoas do piquenique, orando e emanando raios prateados. Naquele momento ela entendeu a sua situação e em lágrimas, pediu consolo aos pais, da qual era a única filha, mas que agora regressaria ao verdadeiro lar!

sábado, 6 de agosto de 2011

       Segundo a Wikipédia Imunidades Parlamentares são prerrogativas que asseguram aos membros de parlamentos ampla liberdade, autonomia e independência no exercício de suas funções, protegendo-os contra abusos e violações por parte do poder executivo e do judiciário (tão indefesos né! Devem mesmo precisar de proteção!).
       Existem, originalmente, duas espécies de Imunidades Parlamentares, a Material e a Formal:
       - Material: os Deputados e Senadores são invioláveis civil e penalmente por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Ou seja, os “pobres” parlamentares podem dizer em público, tudo que vier à cabeça, falar mal de quem eles bem entenderem, caluniar qualquer um, que não dá nada, no máximo uma pizza no fim do expediente!
       - Formal: os parlamentares não poderão ser presos, salvo pegos em flagrantes em crimes inafiançáveis. Mas, neste caso, os autos serão remetidos, dentro de vinte e quatro horas ao congresso, para que estes decidam sobre a prisão. Ou seja, nem que ele seja pego com as mãos na cueca (recheada, é claro!) ele não será preso, porque os amiguinhos parlamentares não vão fazer isso com ele né, imagina, a "ética profissional" impediria! E mais uma vez o rodízio de pizza resolve a questão!
       Mas, além dessas duas, temos algumas outras formas de im(P)unidades rolando no congresso:
       - Sustação do Processo: o Ministro do STF pode sustar uma denúncia feita contra um parlamentar durante o exercício do mandato eletivo. Ou seja, não adianta denunciar, porque o senhor Ministro vai limpar o 'C'adastro 'Ú'nico com as folhas dos autos! Pelo menos lavem as mãos antes de devorar as pizzas, por favor!
       - Foro Privilegiado: os Senadores e Deputados só serão julgados pelo STF. Ou seja, uma festinha particular, regada a Whisky e, pra acompanhar, pizza, lógico!
       - Testemunho Limitado: os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. Ou seja, eles viram espécies de “Padres” e o parlamento uma espécie de “confessionário”, onde os “Pizzaiolos” ficam o tempo todo trocando receitas, secretas, de família, lógico!
       Saibam que existem (acreditem se puderem!) mais formas de Im(P)unidades aos parlamentares, mas essas que relacionei acima são as mais relevantes, as que nos afetam diretamente. É por isso que a Pizzaria (ou será o Congresso?) está cada vez mais disputada, por que, afinal, quem é que não gosta de uma boa pizza?


          Nessa onda de desemprego que me assombra, estive analisando maneiras de diversão para os meus filhos que não me custassem caro, mas que garantissem um coeficiente de diversão satisfatório. E nessa minha peregrinação pelo lazer de baixo custo, descobri que há muito mais opções de diversão alternativa em Campo Grande que a maioria das pessoas imagina.
          Comecei por levá-los na pracinha do Itanhagá Park. É um alugar maravilhoso, onde a flora e fauna são preservadas e mantidas pelos próprios moradores do bairro. Lá as crianças têm contato direto com a natureza em sua forma mais natural. A pracinha é banhada pelo córrego Vendas, onde podemos observar várias nascentes e piscininhas naturais cheias de peixes e tartarugas. As cotias e os gambás sempre dão o ar da graça por ali, fora a quantidade e variação de pássaros e plantas do local. O parquinho localiza-se praticamente toda embaixo de árvores frondosas, garantindo sombra e frescor praticamente o dia todo. Bem ao centro da praça tem uma guarita da Guarda Municipal, com bancos e uma água de coco geladinha.



          Temos o parque das Nações Indígenas, que é uma reserva ecologia bastante extensa, localizada na região norte da cidade, onde podemos fazer caminhadas, passear de pedalinho e fazer um delicioso piquenique. Fora as atrações culturais que sempre acontecem por ali, tendo por palco uma Concha Acústica construída especialmente para tal. Ali também temos o MARCO (Museu de Arte Contemporânea) e o Museu Dom Bosco (mais conhecido como Museu do Índio), que podem ser visitados por um preço bastante acessível à população.





          Na região central temos a Praça Belmar Fidalgo, local muito tradicional e antigo na cidade. Reformado há pouco mais de três anos, possui uma infra-estrutura espetacular, proporcionando diversão completa a toda a família. Enquanto a criançada brinca no parquinho, os pais têm a opção de fazer uma caminhada na pista específica para tal ou de fazer exercícios na academia ao ar livre, sob total acompanhamento de profissionais especializados para esse intento. Os banheiros são sempre limpos e tem até chuveiros caso precise.



          Na região sul de Campo Grande, contamos com o Parque Ayrton Sena, localizado próximo ao terminal do Aero Rancho. O parque é completo. Possui um parque aquático que é uma ótima pedida nestes fins de semana geralmente tão quentes da capital. E durante a semana, a população conta com aulas de natação gratuitas, com direito a carteirinha e exames médicos também. O parque possui toda uma infra-estrutura voltada à prática de esportes, dança e teatro, com atividades tanto nos dias de semana quanto nos sábados, domingos e feriados.



          Para uma diversão noturna, sugiro o estacionamento construído na Avenida Duque de Caxias, bem em frente às pistas de pouso e decolagem do Aeroporto de Campo Grande, que serve de observatório, onde cada pouso ou decolagem é um espetáculo a parte. A vista é linda e o panorama é espetacular. Por ali tem espaço para muitos carros e sempre é possível vermos famílias inteiras confraternizando. As crianças adoram e agradecem a esse passeio. Seria bom se tivesse algum trailer de lanche, deixo aqui a dica para quem trabalha na área.

          Opções baratas e divertidas e culturais não faltam na capital. A cidade Morena faz questão de que seus cidadãos tenham uma qualidade de vida saudável. Basta que saibamos onde procurar. Outras opções de passeios são: visita à Morada dos Baís, Praça do Papa, Praça da Coophasul, a Noite da Seresta, toda última sexta-feira do mês, na Concha Acústica da Praça do Rádio Clube, dentre outros. Diversão não precisa ser sinônimo de gastos exorbitantes. Diversão em família não tem preço!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011



          Fronteira é a parte extrema de uma área ou região. É o limite de um espaço em relação a outro. Esses limites podem ser estipulados por tratados políticos ou podem ser naturais, determinados pelo curso de um rio, por exemplo. Porém existem fatores que nos levam a construir fronteiras que vão além de delimitações geográficas, ou de terras politicamente demarcadas.
          Essas são as chamadas Fronteiras Psicológicas ou Sociais, construídas desde a época da colonização do Brasil, quando uma minoria era beneficiada pela exploração da maioria. Um exemplo de Fronteira Social aqui no Brasil pode ser observado no Rio de Janeiro, onde de um lado temos as praias, cheias de pessoas bonitas, felizes e bem sucedidas, ostentando uma imagem perfeita, de um lugar paradisíaco, turístico e próspero. De outro, vemos os morros, entupidos de favelas, onde o que manda é o poder de fogo, onde cidadãos de bem são taxados pelos atos de uma minoria que comanda tudo, inclusive o comércio, os horários e a vida.
         São duas realidades diferentes, observadas numa mesma cidade que é governada por um mesmo prefeito e povoada por cidadãos nascidos sob a mesma naturalidade, mas que vivem como se estivessem em países diferentes. São cidadãos que não se misturam. Que, no máximo, possuem vínculos empregatícios entre si, que parecem fazer questão de cultivar uma barreira invisível que os mantêm separados, mesmo dividindo um espaço em comum.
          Diante dessa realidade tão diferenciada num mesmo espaço político, concluímos que a única maneira de derrubar essas fronteiras é a conscientização política e social desde cedo, a implantação da ciência política já na Educação Infantil, pois já que as diferenças foram enraizadas no começo da civilização brasileira, devemos combatê-las no começo da formação dos nossos cidadãos. A educação é a nossa maior aliada, basta que os nossos presentes representantes queiram abrir mão de certas obscuridades para que os futuros não se prendam em fronteiras tão intransponíveis. 
         
          

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

          

          Minha vida é muito mais do que simples linhas escritas num momento de indignação. Ou então aquelas letras que me escaparam depois de uma desilusão.
          O meu mundo não se resume a uma poesia sentida, a uma trova bonita ou a qualquer melodia. Minha vida é muito mais do que um simples dizer, do que você possa saber, é mais do que um amanhecer.
          Meu mundo é muito maior do que aquele horizonte, do que alguém por ventura te conte. Meus sonhos não são nem de perto, o que você possa alcançar. Somente tentará por certo, mas não poderá me enlaçar.
          Não sei o que achas de mim, só sei que estás tão distante, porque meu começo é teu fim e por mais que você se adiante, não vai me tocar nem assim!
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